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Publicado em número 170 - (pp. 7-11)

O que Santo Domingo trouxe de novo?

Por Pe. Alberto Antoniazzi

A IV Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, realizada em Santo Domingo, em outubro de 1992, tinha como tema central a “nova evangelização”. O que a Conferência trouxe realmente de novo?

Antes de esboçar uma resposta, convém precisar que a IV Conferência apresenta vários aspectos, sobressaindo três: a preparação; o próprio evento da Conferência e o documento final das “Conclusões” (que citaremos como DSD). Aqui trataremos exclusivamente do documento, sem com isso subestimar o evento eclesial, nem o trabalho de preparação, inclusive o último dos documentos preparatórios (o documento de trabalho propriamente dito, publicado no Brasil em agosto de 1992), cujo conteúdo teológico é — na opinião de muitos — mais completo e profundo que o próprio documento final.

 

I. Documento sem unidade

Aliás, é exatamente na parte teológica que o documento final é mais fraco. Mais ricas e novas são as partes que falam de promoção humana e evangelização da cultura. De qualquer forma, a nossa análise se dividirá em dois momentos: no primeiro, procuraremos mostrar que o DSD não é unitário e, portanto, exige avaliação matizada, que faça distinções entre os vários capítulos ou partes que o compõem; no segundo momento, mostraremos quais são, a nosso ver, as principais novidades do documento.

 

1. A falta de unidade do documento se explica, creio, antes de tudo, pelo método de trabalho adotado. Abandonado, sem discussão, o documento preparatório, a Conferência começou a estudar, em Comissões, trinta temas diferentes. Só depois eles foram organizados num esquema, que sofreu ainda algumas alterações e terminou gerando a estrutura definitiva do DSD: parte I sobre Cristo (que ocupa 10% do documento); parte II, dividida em três capítulos (nova evangelização, promoção humana, cultura cristã), que abrange mais de 85% do texto; e parte III, de “linhas pastorais prioritárias”, com 3% do texto.

À falta de unidade do documento também contribuiu a renúncia consciente, por parte do episcopado, a fazer uma reflexão teológica, para justapor orientações pastorais, saídas muitas vezes de experiências diferentes e de grupos heterogêneos.

2. De qualquer forma, um primeiro índice da falta de unidade do documento é a ausência de uma discussão clara das relações entre nova evangelização, promoção humana e cultura cristã. Não que não haja algumas alusões, às vezes contraditórias, ao problema. Mas elas não configuram uma reflexão explícita, que inspire todo o documento, sobre a conexão dos três temas da Conferência. (Para uma análise mais detalhada deste ponto, pode-se ver o estudo de F. Taborda, no caderno nº 3 de “Perspectivas Pastorais”: Santo Domingo: uma leitura pastoral, Ed. Paulinas, 1993, pp. 103-125).

Essa falta de conexão é verificável também se procedermos a uma análise do conteúdo de cada um dos três temas (cada um condensado num capítulo da II parte do DSD).

No capítulo sobre “nova evangelização” é insistente a preocupação em explicar porque a evangelização deve ser nova, mas escassa é a atenção em definir o que é evangelização. A definição dada no nº 24 (§1º) acentua o conteúdo da evangelização e parece reduzi-la sinteticamente ao “anúncio de Jesus Cristo”, citando apenas um trecho do nº 22 da Evangelii Nuntiandi, em vez de considerar toda a pluralidade de elementos usados para definir a evangelização no mesmo documento de Paulo VI (cf. EN 17-24). Tanto menos o DSD aborda a questão das relações entre evangelização e promoção humana de forma sistemática, embora cite EN 31 — e num lugar de destaque, bem no início do capítulo sobre promoção humana (nº 157) — para recordar os laços de ordem teológica, antropológica e da caridade que unem a promoção humana à evangelização. O nº 157 do DSD e outros textos parecem considerar a promoção humana uma “dimensão interna” da evangelização (Taborda), enquanto outros parecem reduzi-la a mera “consequência” (cf. DSD nº 22, §4; nº 84, §3). Considerações semelhantes podem ser feitas a respeito da “inculturação do evangelho” (tratada no capítulo sobre “cultura cristã”). Também não há uma definição das relações entre promoção humana e cultura. Falta, aliás, uma definição de cultura, assunto sobre o qual nem teólogos progressistas nem bispos conservadores parecem ter conseguido chegar a um consenso em Santo Domingo ou nos debates preparatórios.

3. Outras incoerências do texto aparecem menos, à primeira vista, mas não deixam de constituir problema para o leitor mais crítico, para o teólogo ou o pastor que queira interpretar corretamente o texto. Um dos menos explicáveis está na cristologia. Como vimos, a evangelização tende a ser identificada com o “anúncio” (cf. DSD nº 24, §1), que é uma das palavras preferidas do documento (21 usos do substantivo “anúncio” e 27 usos do verbo “anunciar”). Em vários lugares, explicita-se que se trata do “primeiro anúncio” (nº 24, §5; 41) de “anúncio querigmático” (nº 29, §1; 33, §2; 41), de anúncio missionário. O conceito de querigma ou anúncio é típico do Novo Testamento e, particularmente, de Paulo. Ele indica a pregação da primeira geração missionária e sublinha a novidade da mensagem evangélica. Distingue-se, portanto, das formas de comunicação da mensagem que predominam na segunda geração cristã (grosso modo, após o ano 70): a “didaqué” (o ensino que desenvolve e aprofunda o conteúdo do querigma) e o testemunho (onde é a própria vida dos cristãos que fala de sua esperança — cf. 1Pd 3,15; cf. também o uso do termo “testemunho” nos escritos joaninos).

Ora, se quisesse ser coerente com o Novo Testamento, o DSD deveria propor uma cristologia “querigmática”, como a da primeira geração cristã, que apresenta a novidade de Cristo a partir da situação dos ouvintes. Bons exemplos de anúncio querigmático são as pregações de Paulo reconstruídas por Lucas no livro dos Atos, em particular 13,16-41 (aos judeus); 14,15-17 (aos licaônios); 17,22-31 (aos atenienses). Ora, esses textos (exemplares também para a “inculturação do evangelho”) não são citados. A cristologia do DSD é, predominantemente, a cristologia da segunda geração cristã, em particular a cristologia das cartas deutero-paulinas aos Colossenses (citada 4 vezes) e aos Efésios (citada 11 vezes), que inspiram a I parte do documento. Não há dúvida de que a cristologia de Colossenses e Efésios seja não só legítima, mas altíssima. Mas por isso mesmo expressa a especulação de uma geração cristã, que quer perscrutar mais a fundo o mistério de Cristo, que acolheu há tempo; não é a mensagem direta a quem não crê ou vive ainda na mentalidade pagã, e precisa ouvir o “primeiro anúncio” e ser interpelado a partir da situação em que está! A cristologia de Cl e Ef pode expressar bem a fé dos bispos e sua visão do mistério de Cristo, mas não pode ser um modelo de querigma para hoje.

4. O DSD testemunha uma mudança no conteúdo da pregação evangélica semelhante à que se deu entre a primeira e a segunda geração cristã. Jesus pregava o Reino, a segunda geração cristã pregava Cristo. Em outros termos: nos evangelhos, Jesus é o evangelizador, o sujeito da evangelização; nas Epístolas, Jesus é o conteúdo da evangelização, o objeto. No DSD, Jesus é raramente tomado como o modelo do evangelizador (o que teria propiciado uma reflexão sobre como Jesus evangelizava, sobre o método). Ao contrário, Jesus é tomado como o conteúdo da evangelização, com o risco de que esta se transforme em pregação de uma doutrina (aspecto relevante, mas não único, nem talvez o mais importante da evangelização). É curioso que a Conferência de Santo Domingo, que se propôs realizar a orientação do papa — que queria uma evangelização nova no ardor, no método e nas expressões — tenha dedicado ao método apenas poucas linhas (cf. nº 29). O que pode ser verificado também analisando a estrutura do capítulo sobre “nova evangelização” (nºs 23-156), o mais extenso de todos, ocupando sozinho cerca de 43% do documento. Nele, após a introdução e uma seção sobre o chamado à santidade, são tratados os sujeitos (as comunidades, nºs 54-64, e os carismas e ministérios, nºs 65-120) e os desafios da evangelização nºs 121-156). Se a seção sobre a santidade pode ser entendida como resposta à busca de “novo ardor” na evangelização, e se o capítulo 3, com sua proposta de inculturação do evangelho pode ser visto como busca de “novas expressões”, o que falta mesmo é uma seção ou capítulo sobre “novos métodos”. Será possível, com os velhos métodos, enfrentar os novos desafios?

5. Ainda se poderia observar, completando essas últimas observações, que a “nova evangelização” do DSD deixa pouco espaço à Bíblia e à palavra de Deus, identificada apressadamente com a palavra da Igreja. Ao tema é dedicado explicitamente só o nº 33. O DSD também não reconhece claramente uma atuação do Reino fora da Igreja (como faz Redemptoris Missio nº 20) e até chega a dar uma visão da evangelização toda centrada na Igreja, que esquece que o Espírito Santo é o “protagonista da missão” (Redemptoris Missio, cap. III, nº 21ss.). Basta ler o nº 23 do DSD e constatar que o Espírito é mencionado apenas uma vez, no meio do §2º, num inciso que foi acrescentado na última hora.

6. Não está muito clara também a questão dos sujeitos da evangelização. No capítulo 1 da parte II, onde são amplamente descritos, os sujeitos são mencionados na ordem seguinte: os ministérios ordenados, as vocações ao ministério presbiteral, a vida consagrada, os fiéis leigos, as mulheres, os jovens; numa ordem clássica, que os mais críticos poderiam classificar de pré-conciliar. Diferente é o que, se diz na parte III, tratando das linhas pastorais prioritárias. O nº 293, listando os sujeitos da nova evangelização, diz: “O compromisso é de todos a partir das comunidades vivas. Um especial protagonismo corresponde aos leigos em continuidade com as orientações da exortação apostólica Christifideles Laici. Entre eles, seguindo o convite constante do papa, convocamos mais uma vez os jovens para que sejam força renovadora da Igreja e esperança do mundo. A fim de suscitar presbíteros, diáconos permanentes, religiosos, religiosas e membros dos Institutos seculares para a nova evangelização, impulsionaremos uma vigorosa pastoral das vocações”. Exatamente a mesma ordem aflora na oração do nº 303. Mas no esquema do nº 302 alguém deslocou a pastoral vocacional para frente do protagonismo dos leigos. No fim, resta a dúvida se o protagonismo dos leigos é realmente uma orientação de Santo Domingo ou se devemos continuar numa Igreja predominantemente clerical…

7. Enfim, uma última observação sobre a descontinuidade do DSD. No nº 302 se afirma com clareza a “continuidade com as orientações pastorais (…) de Medellín e Puebla”. Mas quais os sinais, no texto, dessa continuidade? Com relação a Medellín e Puebla, a continuidade parece mais nítida quanto à “opção preferencial pelos pobres”, reafirmada claramente nos nºs 50, 92, 178-180, 200, 275, 296, 302, 303. Também a opção pelos jovens, de Puebla, é reafirmada nos nºs 111-120 (cf. especialmente 114). Há, no total, 11 referências a Medellín e 30 a Puebla. Mas o lema característico de Puebla, “comunhão e participação” parece ter sido esquecido.

 

II. Sinais dos tempos e novidades

A criação das trinta comissões contribuiu para a falta de unidade do documento final. Mas, em contrapartida, ajudou os bispos a refletir sobre os “sinais dos tempos” e a análise da realidade, como talvez em nenhum outro documento, em amplitude pelo menos. O que não deixa de ser mais uma vez curioso, quase uma ironia do Espírito face à tentativa de suplantar o método “ver-julgar-agir”, por medo que a análise da realidade tivesse peso excessivo e ofuscasse a teologia.

E ampla a análise da realidade no capítulo sobre “nova evangelização”, onde os nºs 121-156 se ocupam dos desafios, principalmente da situação religiosa. Mais aprofundada é a análise da realidade nos capítulos sobre a promoção humana e sobre cultura (nºs 157-226 e 227-286). Sobre esses capítulos deter-nos-emos um pouco mais.

 

a) Em face da dramática situação social

O capítulo “promoção humana”, apesar de sua boa qualidade, não escapa totalmente ao destino dos outros, de certa falta de unidade. Abrange onze temas, mas sem articulá-los claramente. Mesmo assim é possível indicar algumas conexões entre eles e realçar as novidades, os “sinais dos tempos” que questionam a Igreja (e a sociedade) hoje. O fato macroscópico e trágico que salta à vista imediatamente é o ulterior empobrecimento do povo latino-americano (nºs 178-182; alusões em 112, 167, 197, 199). O fato é ligado às recentes e rápidas mudanças do sistema econômico internacional, que exige reformas profundas, uma “nova ordem” (cf. nºs 194-203). Face à nova situação internacional, os povos da América Latina não podem reagir isoladamente, mas buscar nova força na união ou integração (nºs 204-209; alusões em 174 e 282). Um dos grandes fatores das mudanças econômicas é o progresso da tecnologia, com suas repercussões negativas sobre o trabalho manual (nºs 182-186), o aumento do desemprego, a exclusão dos trabalhadores dos benefícios do crescimento econômico, a migração forçada em busca de outros empregos (cf. nºs 186-189). Tudo isso se dá num contexto em que subsistem, na América Latina, problemas antigos, como o da terra (nºs 171-177), e crescem os novos, como o da ecologia (nºs 169-170), questionando o modelo de “desenvolvimento” moderno. Os bispos, autores do DSD, são particularmente sensíveis às consequências desastrosas desse “desenvolvimento” sobre a família e a própria vida humana, ameaçadas de destruição e de morte (nºs 210-227).

Que respostas pastorais dar a esta situação tão grave? Mais do que as orientações específicas para cada aspecto, vale a pena focalizar a resposta global, formulada desde o início no capítulo, na seção sobre “a promoção humana, dimensão privilegiada da nova evangelização” (nºs 159-163). Ela oferece uma figura de Jesus bem diversa daquela do capítulo 1, baseado nas cartas aos Colossenses e aos Efésios. Jesus aqui é o bom Pastor, que distribui o pão à multidão necessitada. É o bom Samaritano, que cura o ferido e encarna a caridade numa ação eficaz. É o exemplo que devemos seguir, traduzindo o amor fraterno em obras concretas. O texto acrescenta que a falta de coerência entre a fé que se professa e a vida cotidiana é uma das várias causas que geram pobreza em nossos países (nº 161).

 

b) Em face da diversidade das culturas

O capítulo 3 da II parte tem por título: “A cultura cristã”. Na realidade esse tema específico, e muito discutido no passado, nem foi abordado explicitamente pelo DSD. Nas linhas pastorais, o que se refere a este capítulo foi colocado debaixo de um título mais adequado: “Evangelização inculturada” (cf. nºs 292, 298-300).

Ele também não está unificado por um claro conceito de cultura, nem brilha na seção dedicada à questão ética ou moral (nºs 231-242). Ricas de sugestões e perspectivas são, porém, as análises das seções sobre as culturas indígenas, afro-americanas e mestiças (nºs 243-251), sobre a cultura moderna e urbana (nºs 252-262), sobre a educação (embora vista sob ângulo mais restrito da ação da Igreja — cf. nºs 263-278), sobre comunicação social (nºs 279-286). Algumas observações são certamente sumárias e discutíveis como, por exemplo, o que se diz no nº 252 sobre a pós-modernidade, vista com otimismo como “espaço aberto à transcendência” e “fracasso da pretensão reducionista da razão moderna”, mais do que como degradação da modernidade (segundo a opinião prevalente entre seus críticos).

O que conta é a sólida fundamentação teológica da inculturação do evangelho na encarnação do Verbo (cf. nºs 30 e 243). A afirmação é confirmada com a citação da LG 8 e resumida pelo nº 13 do DSD nestes termos: “A inculturação do evangelho é um imperativo do seguimento de Jesus e é necessária para restaurar o rosto desfigurado do mundo”. A tese é reforçada por GS 22: em virtude da encarnação, Cristo se uniu de certo modo a todo o homem (citado por DSD, nº 13).

O princípio não resolve, evidentemente, todos problemas práticos. Em particular, creio, deverá haver cuidado em não se aplicar critérios da inculturação válidos para as culturas tradicionais (indígenas, por exemplo) à cultura moderna, radicalmente diferente. Mas o princípio da “encarnação” ou da inculturação abre perspectivas imensas.

 

III. Conclusão

Assim a nossa rápida investigação sobre o documento de Santo Domingo termina, talvez paradoxalmente, constatando que, apesar das incoerências numerosas do documento, afinal ele abre perspectivas ilimitadas para a ação da Igreja, tanto no campo da evangelização no sentido restrito (de “anúncio” direto e explícito do evangelho), quanto nos campos da promoção humana e da inculturação.

Também D. Luciano Mendes de Almeida, presidente da comissão de redação do DSD e seu mais influente co-autor, numa entrevista concedida a uma revista italiana, à pergunta “se faltava algo a Santo Domingo”, respondia: “Pode-se dizer que Santo Domingo significou um momento de reflexão para individuar denominadores comuns para uma ação evangelizadora mais empenhada e profícua. Nesse sentido, foi uma conferência ‘em perspectiva’, que aponta caminhos a percorrer para um futuro ainda não realizado. Podemos dizer que Santo Domingo é uma semente que aguarda o calor e a luz da graça para crescer e dar frutos” (Testimoni, 30/11/1992, p. 3).

Estamos diante de perspectivas abertas, não de caminhos traçados. Creio que devemos ter consciência de que o desafio é o pioneirismo, a criatividade, a coragem de avançar, com a paciência de quem sabe que o caminho ou processo da evangelização inculturada ou da transformação da sociedade é longo e difícil.

Não penso que esta tarefa deva ser deixada à improvisação ou à boa vontade de “franco-atiradores”. Cabe às Igrejas locais, em diálogo entre elas, pensar os problemas e coordenar a ação. Um bom assunto de reflexão seria a discussão de uma estratégia. Em Santo Domingo, alguns delegados se recusavam a fazer opções. As linhas “prioritárias” da parte III na realidade não apontam prioridades, mas resumem todas as orientações pastorais que emergiram na parte principal (a II) do texto.

Será possível e razoável enfrentar tudo de uma vez só? E com que recursos? Uma indicação séria está contida no capítulo V (“Os evangelizadores”) das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja no Brasil, 1991-1994 (nºs 255-304). Ali se aponta para um investimento maciço no laicato como agente da nova evangelização (o “protagonismo dos leigos” de Santo Domingo) e, lucidamente, observa-se que isso não é realizável sem uma renovação qualitativa da ação do clero (bispos, presbíteros, diáconos, religiosos…). Os próprios desafios que Santo Domingo reconhece — atingir os que estão afastados da prática religiosa católica, agir eficazmente no campo da promoção humana, inculturar o evangelho — são todas tarefas para os leigos, para cristãos fora da sacristia, engajados no coração desta sociedade em que vivemos, não sem angústia, mas decididos a servir “a vida e a esperança”.

 

NB.: Agradeço aos amigos Pe. Zeca (José Geeurinckx) e Cleto Caliman, o índice computadorizado das palavras do documento de Santo Domingo, que facilita enormemente o estudo do texto. (O índice pode ser solicitado ao INP-CNBB — Cx. Postal 02067 — 70259-970 Brasília, DF).

Pe. Alberto Antoniazzi