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Publicado em número 200

Educação para a ética cristã

Por Pe. Darci Luiz Marin

Importa inventar novos valores pedagógicos e propor projeto educativo que coloque a humanidade como prioridade arquetípica. Podemos ter técnicas metodológicas modernas que transmitem conteúdos ultrapassados, injustos, servilistas. A metodologia tem grande utilidade. Mas a educação define-se principalmente pelo seu conteúdo humanizante. A grande invenção ainda é o ser humano”. (Juvenal Arduini)

A presente participação objetiva ressaltar alguns aspectos que estimulem os agentes de pastoral a vivenciar com mais intensidade a missão, a partir da temática da Campanha da Fraternidade/98: “Fraternidade e Educação”, sob o enfoque da ética cristã.

Ética (ethos) acentua o caráter, os alicerces, as vigas mestras que mantêm de pé uma sociedade. A ética é o amálgama que possibilita a manutenção da vida e da liberdade de uma comunidade humana. Sem ética não há comunidade que possa subsistir.

A educação para a ética supõe que se tome consciência efetiva da realidade na qual se vive e, se esta não estiver sendo justa para todos, contribuir para transformá-la. A ética cristã aponta uma fonte de onde as pessoas de boa vontade podem haurir os elementos indispensáveis para a vida digna.

Desde logo, percebe-se aí um desafio: Como educar a consciência para que esta promova ética cristã fraterna para todos?

Para que isso ocorra, há necessidade de aprender, na expressão de Carlos Mesters, a “caminhar com Jesus na contramão”.

 

1. Clamor nascido da realidade

O Concílio Ecumênico Vaticano II proporcionou à parcela “da linha mais visível” da Igreja a possibilidade de aguçar a sensibilidade para o diálogo com o mundo. Todos os que se dispuseram a percorrer essa trajetória começaram a se sintonizar mais nos “sinais dos tempos” (cf. GS 4).

A sintonia maior com esses sinais proporcionou o despertar de muitos para a realidade até então pouco sentida, ao longo dos séculos, do clamor de imenso contingente da população mundial.

É proveniente desse mesmo Concílio a constatação: “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo” (GS 1).

Alguns anos após o Concílio, em 1968, os bispos do continente latino-americano assim se expressaram: “Um surdo clamor nasce de milhões de homens, pedindo a seus pastores uma libertação que não lhes chega de nenhuma parte” (Medellín, “Pobreza”, 2).

No encontro seguinte, de 1979, os bispos da América Latina retomavam esse tema: “Do coração dos vários países que formam a América Latina está subindo ao céu um clamor cada vez mais impressionante… Há pouco mais de dez anos, a Conferência de Medellín já apontava a constatação desse fato… O clamor pode ter parecido surdo naquela ocasião. Agora é claro, crescente, impetuoso e, nalguns casos, ameaçador” (Puebla, 87-89).

E, no início desta década, os bispos afirmavam: “O crescente empobrecimento é o mais devastador e humilhante flagelo que vive a América Latina e o Caribe… Comove-nos até as entranhas ver continuamente a multidão de homens e mulheres, crianças, jovens e anciãos que sofrem o insuportável peso da miséria… pessoas concretas e irrepetíveis que veem seus horizontes cada vez mais fechados e sua dignidade desconhecida” (Santo Domingo, 179).

De onde estaria vindo esse crescente clamor, senão da realidade criada?

Embora não fossem poucos os que se rejubilassem com a queda do muro de Berlim (1989) e com o posterior ruir do bloco soviético, o clamor continua aumentando pelo mundo afora.

Nessa última década percebe-se com bastante nitidez que uma causa relevante desse clamor é proporcionada pelo festejado pensamento único do neoliberalismo globalizante.

 

2. Consequências da globalização neoliberal

Neste último século a humanidade alcançou progressos inimagináveis em todos os campos. As grandes revoluções industriais[1] proporcionaram à humanidade enormes possibilidades de avanço no âmbito do bem-estar social, político e econômico. O bolo da riqueza cresceu enormemente.

O problema começa a aparecer quando se examina o nível de distribuição desse bem-estar. A quem coube esse bolo? Examinando com critério o que ocorreu, percebe-se que estreita faixa da população mundial apropriou-se dos resultados do avanço proporcionado pela técnica.

Um relatório preparado pela Organização das Nações Unidas, em 1997, revela enormes perdas de países pobres para os países ricos. E, mesmo no interior de um país, o nível de concentração de poder aquisitivo vem aumentando cada vez mais. “A concentração chegou ao ponto de o patrimônio conjunto dos raros 447 bilionários que há no mundo ser equivalente à renda da metade mais pobre da população mundial certa de 2,8 bilhões de pessoas”[2].

O grande problema, então, é o da ética na convivência entre as pessoas. Os avanços tecnológicos não foram acompanhados de iguais conquistas éticas, proporcionando uma crise de civilização. Os bens produzidos facultariam possibilidades imensas, mas poucos desfrutam delas. As distâncias intercontinentais podem ser ultrapassadas em tempo real, via internet ou através do noticiário transmitido por um simples aparelho de rádio de pilhas. As enormes distâncias interplanetárias não são impedimentos para a pesquisa humana no espaço cósmico. Os experimentos na área da engenharia genética atingem patamares inimagináveis há alguns anos… Esse admirável mundo, no entanto, convive com contingentes enormes da população que não têm onde morar, não dispõem de recursos para atender às necessidades da saúde e da educação, não contam com a garantia de emprego e de cidadania.

As conquistas de um mundo globalizado não beneficiam a todos. O neoliberalismo vem se aproveitando para retirar até mesmo os benefícios do estado de bem-estar social (Welfare State) nos lugares onde este havia sido introduzido. O capitalismo não encontra mais concorrente hoje. É a era do pensamento único. O “ensimesmamento insolidário” é muito exaltado. Tem-se como dogma que o atendimento aos próprios interesses é a melhor contribuição dada pelas pessoas à sociedade. Importa preparar-se para competir com o(s) outro(s), perseguindo a qualidade total. Tudo fica subordinado ao deus mercado, onde se salvam os mais competentes. Os incompetentes serão excluídos, prescindidos, inutilizados.

Esse ambiente traz reflexos psicológicos importantes para as pessoas. Elevam a autoestima dos que vencem (minoria) e trazem desânimo aos demais (maioria). As poucas tentativas de articulação organizada tendem a fracassar. Vigora com força a lei do “ficar no possível”. Muitos já começam a questionar se “merece” viver quem não está sendo “útil” à sociedade. Tudo isso, muito bem orquestrado pelos grandes meios de comunicação. A onda de euforia neoliberal atinge até mesmo certas áreas da teologia e da pastoral.

Um dos temas recorrentes nesta época de globalização neoliberal é a “abrasileirização” do mundo, na expressão de Jürgen Habermas[3]. Nesta realidade do “salve-se quem puder”, no final de 1995, numa reunião a portas fechadas realizada em San Francisco (EUA), 500 representantes da elite mundial debateram as perspectivas do mundo para o século XXI. Um dos convidados questionou-se: “Será que o mundo todo se transformará num imenso Brasil, em países cheios de desigualdades e com guetos para as elites ricas?”[4].

José Comblin, observando de perto a nossa realidade, explicita o local desses guetos quando destaca: “Ultimamente o tema do ‘apartheid’ tende a se impor. Parece que os novos ricos de hoje procuram separar-se das massas do seu povo. Formam para si próprios cidades totalmente separadas do resto da população, verdadeiros paraísos: ilhas ecológicas de bem-estar e de abundância, de tranquilidade e de paz, longe dos perigos e da sujeira, das diversas e crescentes poluições das cidades. O modelo do ‘apartheid’ à brasileira é Alphaville, perto de São Paulo. Estão surgindo e vão surgir cada vez mais Alphavilles nas proximidades das grandes capitais brasileiras. Os demais países têm fenômenos semelhantes”[5].

Viviane Forrester propõe a quem tem um mínimo de sensibilidade ética a procurar saídas que se confrontem com este quadro: “A tendência, entretanto, é exatamente essa. Uma quantidade importante de seres humanos já não é mais necessária ao pequeno número que molda a economia e detém o poder. Segundo a lógica reinante, uma multidão de seres humanos encontra-se assim sem razão razoável para viver neste mundo”[6].

Num exame mais minucioso desse quadro, qual é a palavra da ética cristã pautada na Doutrina Social da Igreja, na Tradição e, sobretudo, no evangelho?

O primeiro princípio da Doutrina Social da Igreja é “a destinação universal dos bens”. Santo Ireneu afirmava que “A glória de Deus é o ser humano vivo”. Dom Romero dizia que “a glória de Deus é o pobre, vivo”. O evangelho lembra as palavras de Jesus: “Eu vim para que todos tenham a vida, e a tenham em plenitude” (Jo 10,10).

A ética cristã propõe esse estilo de caminho. Estar fora disso significaria ludibriar o mandamento maior dos cristãos, que também é o coração do evangelho: o amor.

A educação cristã tem diante de si árduo desafio, diante desse tipo de mundo que estimula os vencedores e não se preocupa com os que vão ficando à margem, insensível à alteridade dos pequeninos.

 

3. Caminho de Jesus em oposição aos ídolos

O testemunho dos relatos neotestamentários a respeito de Jesus nos indica solidariedade compassiva com os marginalizados do seu tempo. O papa João XXIII descreve com palavras incisivas esse referencial com as seguintes palavras: “Jesus nasceu em uma estrebaria; durante a vida pública não tinha onde repousar a cabeça à noite (cf. Mt 8,20); e morreu numa tosca cruz. Esta é a primeira condição que ele propõe a quem quer segui-lo: ‘Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens e dá aos pobres, e terás um tesouro nos céus’ (Mt 19,21)”[7].

Essa lembrança de João XXIII é bastante contrastante, se comparada com os princípios da globalização neoliberal. Seguir a Jesus com fidelidade é constante desafio para as pessoas que buscam levar a sério a ética cristã. As exigências que ele apresenta podem soar muito duras, provocando a mesma advertência feita aos discípulos que guardavam no coração pretensões de poder: “Entre vocês não deverá ser assim: quem de vocês quiser ser grande, deverá tornar-se o servo de todos. Porque o Filho do Homem não veio para ser servido. Ele veio para servir e para dar a sua vida como resgate em favor de muitos” (Mc 10,43-45).

É importante voltar a lembrar o conteúdo das bem-aventuranças do evangelho (cf. Lc 6,20-26), que se opõem frontalmente às “mal-aventuranças” (=bem-aventuranças do evangelho às avessas) do sistema idolátrico vigente na atualidade (exaltados dos ricos e fonte de excluídos).

Diante da proposta de Jesus, traduzindo o alcance das bem-aventuranças, muitos de seus seguidores e seguidoras podem querer voltar atrás, preferindo outro caminho. O apelo dos ídolos é muito forte. Especial relevo cabe à busca ansiosa pelo poder e pela riqueza. Não há a percepção explícita do que significa isso, mesmo entre pessoas que defendem teoricamente a ética cristã. O poder, em verdade, é o acúmulo da liberdade de muitos nas mãos de poucos, enquanto a riqueza é o acúmulo dos bens produzidos por muitos nas mãos de alguns. Esses ídolos alimentam-se de vítimas humanas, para garantir sua continuidade.

Mesmo os agentes de pastoral mais convictos sofrem a pressão desses ídolos. Há necessidade de contínua atenção. A educação estimuladora de cidadania para todos pode desempenhar grande contribuição nesse sentido. Sem isso, poderá emergir de nosso subconsciente a pergunta fatídica: “Você também quer ir embora?” (cf. Jo 6,67).

Para solidificar uma proposta de ética cristã em meio a tantos ídolos da atualidade, é necessário medir-nos com o conteúdo ético dos evangelhos.

 

4. Referenciais para uma ética cristã

Para nos ajudar a perceber as exigências da ética cristã, o melhor caminho é o do evangelho. Nele podemos encontrar vários conteúdos éticos, verdadeiros paradigmas para a prática cristã. Destacamos, em seguida, dois desses conteúdos.

 

a) Conversão. A conversão é um dos elementos centrais da pregação ética de Jesus. Ele alerta: cuidado com os ídolos! Na América Latina esse alerta testemunhado pelos evangelhos sinóticos vem sendo lembrado com bastante insistência nas últimas décadas. Destacamos, nesse sentido, J. Sobrino, sj, e Hugo Assmann. Este, citando aquele, em recente manuscrito, dizia: “O que mais incomoda é que nosso assunto forte é Deus, aquele que escuta o clamor dos oprimidos, em oposição aos ídolos que exigem sacrifícios de vidas humanas”. E prosseguia: “Hoje, mais do que nunca, um ingente processo de idolatria assola o mundo. É a idolatria do mercado irrestrito, que veta qualquer priorização de metas sociais e se propõe como a melhor saída para o bem comum. É o sequestro do coração do evangelho: o mandamento do amor ao próximo (x concorrência). A promessa é que, no tocante ao empuxo principal, a justiça e a fraternidade brotarão da autorregulação do mercado. Em lugar da conversão, que supúnhamos ser a dinâmica vertebrada da fé, eis que nos propõem uma confiança ilimitada nos resultados universalmente benéficos de mecanismos cegos, que dispensam a intenção consciente…” (grifo nosso)[8].

Para medir o grau de engajamento deste conteúdo da ética (= conversão), pode ser elaborado um quadro comparativo entre os princípios do Deus da vida (do evangelho) e os princípios dos ídolos da morte (sistema neoliberal). Desse quadro comparativo, é possível medir o nível de eticidade cristã em que nos encontramos. Para o primeiro caso, basear-se na passagem de Lucas 6,20-26 e, para o segundo, nas aspirações da sociedade atual[9].

Questões éticas: 1) Examinando nossos próprios sonhos e nossas esperanças para o futuro, em qual dos dois quadros acima nos sentimos mais “à vontade”? 2) Em confronto com as bem-aventuranças, o que nos falta para associar-nos efetivamente aos bem-aventurados (do evangelho)?

 

b) Amor (= caridade). O amor a Deus e ao próximo é o conteúdo da moral evangélica (cf. Mt 12,28-34 e Mt 22,34-40). O resumo da mensagem de Jesus está em Dt 6,4-5 (“amar a Deus”) e Lv 19,18 (“amar ao próximo”). Jesus resume o conteúdo ético da vida humana aí, dando-lhe uma dimensão nova: “ninguém tem maior amor…”. Trata-se de ter “empatia” pelo ROSTO do outro: não é possível ficar indiferente diante da dor do outro (lembramos aqui os rostos concretos mencionados em Puebla nn. 31-39; Santo Domingo n. 178, CF/95 nn. 16-71, Exortação Ap. pós-sinodal sobre a vida consagrada n. 82 (março/96), CF/ 98 n. 45).

O amor às pessoas realiza-se no conhecimento prático de suas necessidades reais. A passagem do evangelho de Lucas 10,25-37 é exemplar para nos recordar isso.

Nessa passagem do evangelho, o legista estabelecia limites para o amor: “Quem é meu próximo?”. Essa pergunta mostra a disposição desse especialista em leis: “Quem devo escolher para amar?”.

A parábola seguinte vai dar a resposta ao legista, fazendo-o pensar e chamando-o à conversão. Nessa parábola intervêm algumas personagens: a) o assaltante que carrega consigo esta disposição: “o que é teu é meu”; b) o sacerdote e o levita que pensam: “o que é meu é meu”; e o samaritano (estrangeiro, e que não transmite crédito algum ao legista): “o que é meu é teu também”.

Agora a questão inicial do legista é invertida por Jesus: “O que você faz para se tornar próximo do outro?”.

Nesse trecho do evangelho de Lucas, deparamos com o teólogo pondo obstáculos no caminho de Jesus. Ele sabe que o amor a Deus e ao próximo leva à vida. Mas não basta saber. É preciso amar concretamente. Ama aquele que se aproxima objetivamente do outro para lhe dar uma resposta às necessidades.

O amor não se concretiza com sentimentos subjetivos, mas mediante ações objetivas. O evangelho nos lembra que seremos julgados pelo amor (cf. Mt 25,31-46).

 

5. Há lugar para a esperança?

No ritmo do caminhar do mundo atual, quem ousar falar em utopias e esperança está arriscado a ser tachado de sonhador ou apocalíptico. Todavia, como acabamos de lembrar, o evangelho crê na ousadia. Não se contenta com o possível. Propõe profecia com ousadia onde essa se faz necessária.

Felizmente não faltam os que — embora poucos — continuam acreditando na ousadia de uma teologia profético-libertadora. São esses que sustentam a chama de uma mística que fecunda a ética cristã. Entre muitas sombras, essas luzes dão consistência a uma humanidade esperançosa.

Há os que se enchem de “esperança” diante das promessas da globalização neoliberal. Mesmo entre esses, os mais sinceros, todavia, reconhecem que esse tipo de esperança não contempla a todos. Pelo contrário, premia alguns: os mais capazes de competir. Quem acredita nesse tipo de sociedade promove educação que atende a esse desafio. Em geral essa educação serve de pedestal para a reprodução do que aí está. E se houver uma forma mais crítica de educação, em geral inova, mas dificilmente renova.

Cabe a nós também ousar o confronto com esse tipo de visão darwiniana da educação. Nossa preocupação é com os que vão ficando à margem. Nossa alegria consiste em começar sempre de novo a promover a vida e a liberdade nos lugares onde essas não existem ou estão ameaçadas. Nosso olhar e nosso coração estão sintonizados naqueles que não contam para a lógica neoliberal.

Cabe a advertência: “Quando, consciente ou inconscientemente, neste atual desnorteio pós-moderno e pós-militante (pós-evangélico, talvez!), propugna-se tão festivamente a mudança de paradigmas, a gente deve afirmar, com a paixão de Jesus na alma e com o sangue dos mártires na boca, que o nosso paradigma, inalterável, definitivo, total, é sempre o Reino! ‘Também vocês querem ir embora?’ (Jo 6,67) — deixar de lado minha opção, ‘lightizar o evangelho e ‘esvaziar a cruz’ (1Cor 1,17)? — poderia nos perguntar Jesus, acoando-nos contra a pia batismal e contra a pedra do altar”[10].

A esperança mantém o futuro aberto sendo, por isso, o princípio crítico da ética. A esperança fecunda a ética. Alimenta esperança quem se deixa alcançar pelos traços do rosto do outro, especialmente quando esses traços foram prematuramente desfigurados. A educação para a convivência fraterna entre as pessoas é o desafio maior para a ética cristã nesta véspera do Terceiro Milênio. Cada agente de pastoral responderá com a sua vida se aceita ou não ser parceiro da esperança de quem sonha com um mundo melhor.



[1] Ver a respeito J. Comblin, Cristãos rumo ao século XXI, Paulus, S. Paulo, 3ª ed., 1997, pp. 182-190.

[2] J. R. Toledo, “Globalização aprofunda abismo entre ricos e pobres”, in Folha de S. Paulo, cad. especial sobre globalização, 2/11/1997, p. 12.

[3] Caderno “Mais”, in Folha de S. Paulo, 26/10/1997, pp. 5-8.

[4] Hans-Peter Matin e Harold Schumann, Armadilha da globalização, Globo, S. Paulo, 1997, p. 229.

[5] J. Comblin, Crístãos rumo ao século XXI, Paulus, S. Paulo, 3ª ed., 1997, pp. 122s.

[6] Viviane Forrester, O horror econômico, Unesp, S. Paulo, 1997, p. 27.

[7] Exortação O templo máximo — O empenho das religiosas pelo Concílio, 2/7/1962.

[8] H. Assmann, A teologia da libertação tem muito caminho pela frente, mimeo., out./91.

[9] Para uma inspiração na montagem desse quadro, poderá ser utilizado o livro de Benedito Ferraro, Cristologia em tempos de ídolos e sacrifícios, Paulus, S. Paulo, 1993, pp. 11-12. Recomendável também é a leitura comparativa do “Princípio Babilônia” x “Princípio Jerusalém”, utilizada por Enrique Dussel nos capítulos 3 e 5 do livro Ética Comunitária, Vozes, Petrópolis, 1987.

[10] D. Pedro Casaldáliga, “Nossa espiritualidade”, in Curso de Verão – Ano II — Paulus, S. Paulo, 1997, p. 103.

Pe. Darci Luiz Marin