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Publicado em março-abril de 2022 - ano 63 - número 344 - pág.: 30-38

A educação como desafio: caminhos e possibilidades

Por Mauro Passos

Marco Polo descreve uma ponte, pedra sobre pedra. – Mas qual é a pedra que sustenta a ponte? – pergunta Kublai Kan. – A ponte não está sustentada por esta ou aquela pedra – responde Marco –, mas pela linha do arco que elas formam. Kublai permanece silencioso, refletindo. Depois acrescenta: – Por que me falas de pedras? É apenas o arco que me importa. Polo responde: – Sem as pedras não existe o arco.

(Italo Calvino)

O ser humano carece de educação, ofício que comporta uma série de referências, experiências, desafios e situações. Em um tempo de conflitos e dúvidas, este estudo aborda o significado de formação humana, educação e cultura, bem como os vínculos entre elas. Pontua o papel da educação católica para um projeto de “comunidade de aprendizagem” e, nessa aventura, os problemas, certezas e incertezas.

Introdução

O diálogo de Marco Polo com Kublai Kan mostra que a vida do ser humano passa pela mediação do universo simbólico, da linguagem e do imaginário. Elementos constitutivos do real e produtores de sentido. O silêncio da palavra inaugura a compreensão da linha do arco. Texto e imagem resvalam e se confundem. É um sinal de busca que se move. Assim como não há o arco sem as pedras, a educação seria um discurso vazio se alijada da totalidade social. É necessário, ainda, por um lado, pensá-la a partir da formação e das práticas dos seus atores – o sujeito, a cultura, a religião, o lúdico e a escola –; por outro, pensar a educação implica desvendar os caminhos que marcam os costumes e as tradições do ser humano. Buscar o horizonte é apostar no futuro, no arco do caminho a trilhar. A educação deve retornar ao seu futuro para criar um clima de encontro, reflexão e diálogo e ser, ainda, pensada e vivida como criação de saberes. Mais ainda: um itinerário crítico conjugado com formação, prazer e afeto.

Educação: um conceito? Um tratado? Os conceitos, particularmente humanos, são variáveis no tempo histórico. Em vez de testar respostas, é melhor entender a educação como um ofício, um exercício crítico de reflexão. Tarefa de uma construção coletiva e humana, envolta em contextos determinados. Longe de tantos menus com definições, a educação é um caminho para pensar e olhar para o futuro. Um convite à liberdade e uma introdução à autonomia para o exercício de relacionamentos. A educação é um fato da civilização. Uma obra aberta. Educar é tarefa em permanente construção, que se dá nas relações sociais, políticas, religiosas e culturais. Assim, importa menos discutir um tratado e mais o tipo de ser humano e de sociedade que se projeta (ou se pretende) com o ofício de educar. Trata-se de saber como e em que direção caminhar. Seu conteúdo semântico comporta aspectos cognitivos, políticos, éticos e estéticos.

A primeira parte deste estudo se ocupa das influências da sociedade contemporânea na educação e suas consequências práticas. Educação implica encontro, relação, articulação, valores. Como são construídos, hoje, esses universos, diante dos desafios atuais? Quais as possibilidades ante uma sociedade globalizada? A segunda parte tece algumas considerações sobre os novos caminhos de um projeto educacional católico. Na sua diversidade, vem acontecendo uma mudança na educação católica brasileira, tendo havido uma diferenciação com o Concílio Vaticano II (1962-1965) e com as Conferências Gerais do Episcopado Latino-americano, em Medellín (1968) e Puebla (1979). Com o Pacto Educativo Global do papa Francisco, esse projeto se renova.

1. Educação: movimento e fatores de mudança

A prática educativa tem uma dimensão de totalidade, pois abarca as diversas dimensões do ser humano: física, intelectual, moral, simbólica, cultural. Por isso, o ser humano faz história, cultura, arte e ciência. Torna-se descobridor, incursiona em diversas dimensões, põe-se a caminho, faz-se sujeito, torna-se humano, atua sobre os meios e instrumentos para a reprodução da vida e ultrapassa os limites do efêmero e do sensível.

O ser humano se educa com base em uma série de situações, referências e experiências de vida. No cruzamento da história com os diversos campos simbólicos, desencadeia-se o contínuo processo de formação entre a permanência e a mudança das tradições, do conhecimento e da política. Importa captar como esse quadro vai mudando as propostas educacionais, pois fazemos parte dos processos culturais que cada sociedade elabora e desenvolve. Cumpre ressaltar as diversas formas de recepção e os resultados que se efetuam nas pessoas, nos grupos e nas camadas sociais. Como lembra Max Weber: “As ideias nos chegam quando lhes apraz, e não quando queremos” (WEBER, 1982, p. 16). Neste tempo de rupturas e incertezas, por um lado, a prioridade está formatada nos interesses do mercado, sem que se apresentem regras claras para o desenvolvimento de políticas públicas e culturais contra a pobreza, a violência e outros problemas que afrontam a vida; por outro, a liberdade política diminuiu e a violência aumentou. As grandes decisões são tomadas, sempre mais, por um restrito grupo.

Além disso, as transformações no mundo contemporâneo são grandes. É um processo que envolve o mundo todo, em proporções diferentes. Muitas mudanças afetam o meio ambiente, a sociedade, a cultura e as instituições. Outras afetam também as emoções, os comportamentos e a mentalidade, isto é, a forma de explicar e interpretar o mundo. É o caso, por exemplo, da concepção de tempo e espaço. Será que chegamos a um novo período no tempo? As novas gerações tendem a viver só no presente, pois não conseguem enxergar o futuro, que se tornou demasiadamente incerto. No entanto, a falta de referência ao passado compromete a possibilidade de os jovens fazerem projetos e ampliarem seu espírito criativo. Que futuro será construído? Um problema para a juventude, como também para as demais pessoas, é a crise de esperança, com suas possíveis determinações comportamentais negativas.

O espaço era constituído por “lugares” e cada um tinha seu sentido. Eram diferenciados entre si e conjugavam identidade, história e relação (AUGÉ, 1994, p. 53). Hoje o espaço tende a se tornar homogêneo, indiferenciado. A televisão torna tudo igual, com a mesma forma: tudo é “imagem”. E cada um constrói seu mundo fechado e já não se sente ligado a um lugar construído pela dinâmica da história. De acordo com Cássio Eduardo V. Hissa: “Os lugares são produtos da existência – feita dos homens, do seu trabalho, da sua arte e dos significados que encaminham a cada objeto, a cada ser, a cada movimento” (HISSA, 2008, p. 299). As pessoas têm sempre maior dificuldade para distinguir entre o real e o virtual, entre o que é a realidade e a imagem. É também uma sociedade imediatista, que não ensina a desejar para além daquilo que está imediatamente acessível, que desconsidera o “transcendente”, o que vai além da experiência concreta. Isso tem uma consequência para a ação educativa – já não ser vista como um processo de formação humana, capaz de dialogar com os valores da civilização e de promover a consciência da sociabilidade, autonomia e criatividade do ser humano. No entanto, cada vez mais a prática pedagógica deve tematizar e analisar as questões e demandas do momento presente – novos saberes, novas competências e novos hábitos. Com isso, a cultura escolar vai adquirindo totalidade de abrangência e se afirmando socialmente.

Hoje, como ontem, é preciso resistir à robotização do ser humano, do tempo e do espaço. Quem possui a chave do futuro? É necessário aprender a olhar. Numa época de grandes transições, surgem novos enfoques em novas linguagens e novos paradigmas. Trata-se de novo calendário no tempo e no espaço. Todo conhecimento é histórico, por isso é o resultado de uma série de contribuições e interesses e, ademais, é um produto social. Uma questão é o caminho que grande parte do conhecimento científico alcançou, desviando-se da construção e preservação da vida. Mais ainda: dois novos paradigmas – a comunicação e o mercado – cruzam-se para gestar uma nova civilização com um desenho homogeneizador, fundado numa racionalidade econômica produtivista e pouco democrática. Isso faz que a razão assuma uma orientação instrumental, segundo o pensamento de Habermas, tendo como consequência a mudança da educação em mercadoria e o empobrecimento cultural (HABERMAS, 1984, p.196).  Assim, a educação, particularmente a instituição escolar, não consegue dar conta de seu projeto: criar espaços de comunicação, formação, conhecimento. Os economistas da educação e do conhecimento científico desenvolvem a teoria da produtividade e incentivam o desenvolvimento de especializações, com objetivos de oferta e procura. A consequência é o enfraquecimento da cultura, a vulgarização e crise da educação, do ensino e da aprendizagem. Como conjugar outros sentidos que não seja o mecanismo da autoperpetuação do mercado e seus cúmplices? Como avançar num projeto educativo que ultrapasse a centralização no sujeito individual e formulações com efeito de marketing?

Para se salvar das ameaças das novas esfinges (“decifra-me ou devoro-te!”), é preciso analisar, criticar e desvendar as contradições desses fenômenos. Reinventar nova cartografia de ação, aberta ao espaço de diálogo com outros saberes. Novo paradigma poderia orientar as instituições acadêmicas – o paradigma da confiança, do debate, da reflexão e do exercício da solidariedade.

2. Educação católica: reinventar é preciso

O sistema educacional tem a proposta de contribuir para o desenvolvimento pessoal, cultural e social do ser humano, e compete-lhe dar aos estudantes a oportunidade de realizar experiências de aprendizagens ativas, integradas e socializadoras, tendo em conta a adaptação da ação educativa às realidades locais. É possível afirmar que a educação, no ensino fundamental e médio, ajuda os estudantes em seu processo de humanização? Se a concepção cristã tem algo que a concepção laica não tem, onde é que ambas podem se encontrar? A ação educativa é um ofício plural, pois não faz pouso no verbo “ensinar”. Tem seu olhar no verbo “formar”. Essa é uma questão substantiva – aberta ao diálogo que acolhe, respeita e favorece a dimensão do encontro entre pessoas, grupos e culturas. Ofício duplamente significativo, pois comporta esta questão ampla: educar e formar o ser humano. O papa Francisco afirma, no discurso aos participantes do Seminário “Educação: o Pacto Global”:

Pensar na educação é pensar nas gerações vindouras e no futuro da humanidade […]. Hoje somos chamados, de vários modos, a renovar e reintegrar o compromisso de todos – pessoas e instituições – na educação, a refazer um novo pacto educativo […]. É por isso que temos necessidade de integrar os conhecimentos, a cultura, o desporto, a ciência, o entretenimento e a recreação […]. Forçando um pouco o discurso, ouso dizer que a educação não é eficaz se não souber criar poetas (FRANCISCO, 2020, p. 2-3).

Com esse olhar, Francisco amplia a compreensão da ação educativa e da formação humana, e reitera seu compromisso com os problemas que afligem a humanidade. O diálogo acerca do Pacto Educativo Global abre caminhos para as possibilidades de uma vida diferente, cultivada com respeito e criatividade. Nessa mesma direção, Boaventura de Sousa Santos afirma que o princípio de comunidade é capaz de instaurar uma dialética positiva com participação, solidariedade, capacidade emancipatória e um potencial efetivo para o futuro (SANTOS, 2011).

Por meio das redes escolares, institutos e universidades, a educação católica, em cada período histórico, desempenha seu papel no campo educativo. Nesse caminho, uma série de procedimentos foi sendo desenvolvida, com diversos programas e diferentes formas de ação. Ainda há falhas a serem superadas, no entanto há propostas para a formação humana e a construção de uma sociedade fraterna. No Brasil, a educação enfrenta sérios obstáculos e dificuldades, principalmente de ordem econômica, o que compromete as escolas católicas. Uma “pedra no meio do caminho” é a desigualdade social. Além disso, a desvalorização da educação e da profissão docente força os(as) professores(as) a uma sobrecarga de trabalho. Mesmo nessas condições adversas, desempenham com competência e cordialidade seu ofício. A identidade docente é itinerante e é capaz de recriar e romper o limite do provável. Ainda há uma distância entre teoria e prática no sistema educacional. Outro comprometimento: as mudanças governamentais são populistas e imediatistas. Contudo, mesmo com tantos impasses estruturais e diferentes visões de mundo, a educação envolve o ser humano com seu empenho, prática e cuidado.

As ciências tecnológicas influenciam na relação dos seres humanos e controlam seus valores e projetos de vida. Mais que “pátria e mátria”, queremos “frátria”, como modela Caetano Veloso em sua canção Língua. Dito de outro modo, a luta que se trava hoje é para que esta nação se torne igualitária, democrática, ética. No que se refere à educação católica, grande contribuição está na recuperação desses vínculos quebrados. Por ser uma educação conjugada com os valores humanos e cristãos, pode colaborar para a formação de ações comunitárias, solidárias e éticas, ainda mais pelo fato de que a vida cristã é objeto de educação (evangelização). O teólogo José Comblin fez um estudo neste sentido (COMBLIN, 1962).  A Campanha da Fraternidade de 2022 aborda o tema da educação – convite para repensar o sistema educacional católico e suas práticas. O novo, na situação atual, é entender seu papel, em comunicação com outras instâncias sociais e educativas, outros saberes, e abrir perspectivas para um projeto educativo de qualidade e com boas políticas públicas. Nessa relação está o processo de uma educação integrada, buscando o caminho da diferença para a construção de nova sociedade e preparando o ser humano para alcançar esse possível futuro com prazer e criatividade. Segundo Paulo Freire: “É digna de nota a capacidade que tem a experiência pedagógica para despertar, estimular e desenvolver em nós o gosto de querer bem e o gosto da alegria, sem a qual a prática educativa perde o sentido” (FREIRE, 1996, p. 142).

Quando a instituição escolar repensa sua prática e se abre para novas formulações epistemológicas, autoeduca-
-se para analisar a complexidade do mundo contemporâneo, pois “educar” é um verbo transitivo, itinerante e dialogal. A formação intelectual densa do “sujeito da educação” é uma obra em andamento, alça-se em diversas incursões da ciência. O currículo do(a) educador(a) confere um sentido à prática educativa. O(A) educador(a) também se educa. Se outras instituições se fortalecem pelo poder, o sistema educacional se fortalece (deveria se fortalecer!) por conhecimento, mudança, articulação e criatividade. O documento da Congregação para a Educação Católica afirma: “Hoje é evidente a necessidade de fazer convergir as iniciativas educativas de investigação com os objetivos do humanismo solidário, conscientes de que não podem ficar dispersos e isolados e, menos ainda, opostos por razões de prestígio ou de poder” (CONGREGAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO CATÓLICA, 2017, n. 24). Esse texto recoloca os vínculos entre educação, formação humana e solidariedade. Nós nos constituímos como sujeitos no encontro com o outro. Na diferença.

É na perspectiva de descobertas e de articulação de ideias que se abrem novos percursos para a agenda de um projeto educativo católico. As escolas e universidades católicas têm de se pensar numa perspectiva de futuro. A universidade, seja qual for, tem compromisso com um projeto de nação. Cumpre esse papel quando é espaço privilegiado para a integração da pesquisa com o ensino e para a formação humana e profissional. De acordo com Ivan Domingues, o melhor modelo de universidade é o que aposta na diversidade e em novas experiências: “É preciso pensar modelos, propostas e projetos diversificados, inclusive regionais” (DOMINGUES, 2013, p. 8). A universidade pode ajudar na formação do ser humano? Mais ainda: dá conta de formar o ser humano? A educação e a formação humana têm a ver com subjetividade, interioridade, sociabilidade, como também com valores, alegria, solidariedade e criatividade. Reaprender a olhar é um desafio para a universidade: “Redescobrir outras formas de pensar além da racionalidade que se esgota devido à sua própria exclusividade” (BUARQUE, 1994, p. 132). Exercício acadêmico intrigante para “se cuidar do broto, pra que a vida nos dê flor e fruto”. O horizonte poético da canção Coração de estudante, de Wagner Tiso e Milton Nascimento, é um pouso para a reflexão.

Hoje, o projeto de uma educação católica adequada e atualizada, à altura dos tempos, sinaliza um desafio maior na formação do ser humano. Aponta o trabalho de educar para a justiça e a solidariedade, respeitando as diferenças. Deve-se empenhar para que os laços de solidariedade abram caminhos para a construção de um tecido social, político e econômico sem exclusões. Um detalhe: a amplitude dos desafios contemporâneos é um convite a refletir, a consolidar parcerias e a reintegrar o processo educativo (Pacto Global).

Uma preocupação para pensar boa formação humana e religiosa deve ser a de entender a transformação em curso na relação entre pessoa, ciência e sociedade – e, por conseguinte, na socialização; isso, no entanto, sem deixar de dar sentido à vida e buscando trabalhar as dimensões éticas, afetivas e físicas do ser humano.

Conclusão

As instituições educativas são atravessadas por conflitos, tensões sociais e políticas. Não são tão simples, nem se desenrolam com mudanças repentinas. A educação não pode ser pensada em si e por si. Deve ser pensada em suas inter-relações com a sociedade, a ciência, a cultura.

Encontramo-nos diante de um desafio: alcançar outro patamar de pensamento e outra forma de formação do ser humano. A questão da educação diz respeito ao todo, à vida, ao ser, ao/à educando(a) e ao/à educador(a). Comporta em seu bojo a sabedoria da maturação histórica e o cultivo de utopias. Evoca outros cenários. Em um de seus poemas, Mia Couto escreve: “Teus braços foram feitos para abraçar horizontes” (COUTO, 2016, p. 67).

Os sofistas fizeram uma revolução cultural na Grécia. Com eles, inicia-se novo movimento na educação. Mudando de lugar e tempo, o campo da ação educativa não se esgota na escola. É uma construção sem paredes. Um desafio para a educação, particularmente a católica, é compartilhar experiências, cultivar a criatividade e forjar solidariedades. E, assim, fertilizar o projeto de uma “comunidade de aprendizagem”, na busca de novo modelo de humanismo. Ensaio difícil e complexo, que põe em evidência dificuldades, problemas, crises diversas e entrecortadas.

Como num “eterno retorno”, ainda há lugar para a criatividade e a solidariedade, pois o futuro pertence a quem tem motivos de esperança. O apelo é para uma formação que comporte uma significação mística, ética, estética e solidária. E, assim, ampliar a legenda da educação: ver, além das pedras, o horizonte.

Referências bibliográficas

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BUARQUE, Cristovam. A aventura da universidade. São Paulo: Unesp; Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994.

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COUTO, Mia. Poemas escolhidos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

DOMINGUES, Ivan. O melhor modelo de universidade é o que aposta na diversidade: entrevista. Diversa–Revista da UFMG, n. 20, p. 5-11, abr. 2013.

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FREIRE. Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 31. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

HABERMAS, Jürgen. Mudança estrutural da esfera pública. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1984.

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WEBER, Max. Ensaios de sociologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1982.

Mauro Passos

é doutor em Ciências da Educação pela Università Pontificia Salesiana de Roma (UPS); pós-doutor em Antropologia da Religião (UFMG); professor e pesquisador do Centro de Estudos da Religião “Pierre Sanchis” da UFMG; presidente do Centro de Estudos do Cristianismo na América Latina (Cehila). E-mail: [email protected]