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Publicado em março-abril de 2021 - ano 62 - número 338 - pág.: 14-21

A Igreja católica e sua relação com o poder

Por Fernanda Moro Cechinel

INTRODUÇÃO

A Igreja católica apostólica romana, desde sua fundação, anunciada por Cristo a Pedro: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as forças do inferno não poderão vencê-la” (Mt 16,18b), passou a sofrer com as mazelas do mundo no qual está inserida – ou, como diz o próprio versículo, com “as forças do inferno”, que não podem vencê-la, mas deixam-lhe enorme desafio. Todavia, mesmo que os contratempos sejam mundanos, a solução vem do alto. Cristo, nos seus três anos de vida pública, ensinou a solução para os problemas que as gerações vindouras enfrentariam e que, consequentemente, atingiriam sua Igreja.

Uma das questões que acompanham a Igreja como uma sombra é o poder. Afinal, o que é essa força capaz de construir e destruir? A Igreja católica, há alguns anos, viveu algo quase impensável: a eleição de um papa por conta da renúncia do anterior. Logo após a renúncia de Bento XVI, muitas perguntas ecoaram: E agora, o que fazer? Com nova eleição, qual seria o papel de Bento XVI? A renúncia fez que se recuperasse a história de Celestino V e Bonifácio VIII, ocorrida no final do século XIII. E aqui vemos a discussão sobre o poder aparecendo novamente.

Tanto Celestino V quanto Bento XVI, ao renunciarem, alegaram a fragilidade do “corpo” e, diante das “doenças” que assolavam esse “corpo”, disseram não se sentir capazes de enfrentá-las. Esse “corpo”, como nos mostra Giorgio Agamben em O mistério do mal – Bento XVI e o fim dos tempos (2015), é a própria Igreja. Aqui, renunciar não significou covardia, e sim um ato de humildade, de reconhecimento da pequenez e da incapacidade diante das dificuldades. Bento tornou-se papa emérito, e Francisco assumiu a cátedra de Pedro. Ao menos pelo que se tem noticiado, inspirando até mesmo obras de ficção – recordemos o filme Dois papas (2019) –, ambos vivem em clima fraterno. Bento sabe que seu papel agora é rezar pelo seu sucessor e pela Igreja de Cristo.

Eis que, com Francisco, emerge também a questão do poder, seja pela sua condição de papa, seja pelo poder que exerce (ou deveria exercer) sobre os cristãos, seja pela sua posição de líder capaz de se posicionar diante das questões do mundo. Mas quem é esse homem? É alguém que escolheu como nome Francisco e que exala simplicidade e humildade, mas, com palavras, movimenta o mundo eclesiástico e laico. Esse homem, como ele mesmo disse em seu primeiro discurso, é aquele a quem “os cardeais foram buscar no fim do mundo”. Uma das lições de Francisco é nos remeter à origem de Cristo. Quando se esperava que o rei salvador viesse dos palácios de Jerusalém, veio um pobre bebê, nascido num estábulo em Belém, filho de uma jovem menina e de um carpinteiro. Da mesma forma, talvez o mundo esperasse que aquele que surgiria para curar o “corpo” fragilizado pelas “doenças” viesse das suntuosas igrejas europeias, mas Deus é criativo, e o escolhido foi um sul-americano vindo da periferia da Argentina.

O mundo se movimentou, o centro europeizado da Igreja sentiu seu poder diminuído (eis aí o tema do poder outra vez). No desenvolver do seu ministério petrino, Francisco, com suas declarações e posicionamentos, novamente fez o mundo se agitar. Muitos o acusaram (acusam) de estar se intrometendo onde seu poder não tem validade. No entanto, a revista Fortune, em 2018, tal como outras prestigiosas publicações, apontou-o como o líder mais influente do mundo. Com Francisco, a Igreja se descentralizou: já não o mundo deveria voltar seus olhos a Roma, mas Roma deveria voltar seus olhos ao mundo, aos extremos, à periferia. Assim, Francisco pede a cada um dos seus sacerdotes e leigos que saiam de seu centro e cheguem até o(s) outro(s) lado(s). Como fazer isso? Francisco aponta para Cristo, aquele que nos deixou todas as respostas.

1. O poder

O binômio religião e poder sempre causou desconforto quando suscitado, geralmente porque a religião está ligada a algo espiritual, superior, enquanto o poder se vincula ao mundo, esfera inferior. E entre céus e terra encontra-se o ser humano – mais especificamente, para nossa discussão, um homem, o papa, representante máximo de Deus entre nós e autoridade máxima para o mundo católico. Como então conciliar essas duas faces? Como mantê-las em equilíbrio?

Os questionamentos em relação ao envolvimento político e à secularização da Igreja católica são uma constante ao longo da história do cristianismo, despertando o interesse de intelectuais, como o escritor italiano Ignazio Silone, que não deixou de indagar, por meio de suas obras literárias, esse conturbado envolvimento. Em uma de suas publicações, L’avventura d’un povero cristiano (1968), o drama histórico do papa Celestino V foi recuperado. A obra remonta à trajetória vivida, no século XIII, pelo eremita frade Pietro Angelerio del Morrone, que vivia fisicamente afastado do poder central da Igreja católica, nas montanhas de Abruzzo, e inesperadamente, após longo conclave, foi nomeado papa.

Celestino V, com a esperança de que poderia reconduzir a Igreja a um caminho baseado nos preceitos religiosos, aceitou essa incumbência “divina”. Quando começou seu papado, porém, percebeu que dificilmente as decisões dessa instituição secularizada poderiam ser desvinculadas de um interesse político. Diante do distanciamento da Igreja em relação à religião e, consequentemente, de sua vinculação à política, Celestino V, em 1294, renunciou ao cargo e tentou voltar para as montanhas de Abruzzo. No entanto, o papa eleito, Bonifácio VIII, após essa renúncia, por medo mandou prender Celestino V, que, tempos depois, foi encontrado morto na cela.

A todo instante, ao nos debruçarmos sobre o percurso da Igreja católica ao longo da história, o poder, nas suas mais diversas acepções, aparece. Mas, afinal, o que é o poder? A palavra tem sua origem no latim e significa “ser capaz de”. É interessante notar que poder é ser, não ter – ou seja, trata-se de capacidade inata ou desenvolvida, mas não relacionada à posse. Como exercer essa capacidade na Igreja?

Celestino V não conseguia compreender como seria possível que uma instituição religiosa fosse governada não pelas leis de Deus, mas pelas leis dos homens. Ele, utopicamente, tinha a intenção de mudar o rumo da Igreja, a qual estava temporariamente chefiando; contudo, encontrou uma estrutura já rígida, que o impediu de modificá-la, e, diante dessa sua impotência, sua trajetória como papa foi curta. Bonifácio VIII, por sua vez, simbolizou o lado da Igreja secularizada, a qual deveria ser gerida como um Estado, sendo a religiosidade um instrumento de legitimação do poder. Na história, inúmeros são os relatos que põem frente a frente duas Igrejas distintas, como a que foi proposta por Celestino V e aquela de Bonifácio VIII. Já na profecia de São Paulo, como veremos adiante, essa natureza bipolar também pode ser encontrada. Dessa forma, percebemos que a visão de Ignazio Silone é a de uma Igreja sóbria, popular, ágil, com seu ofício descomprometido com o poder temporal.

1.1. Os dois lados do poder: a bipolaridade na segunda carta
de São Paulo aos Tessalonicenses

A segunda carta de São Paulo aos Tessalonicenses, escrita por volta do ano 51 d.C., quando o apóstolo estava na cidade de Corinto (Grécia), teve, como uma de suas motivações, a interpretação equivocada da primeira carta, que tratava da vinda de Cristo. Essa segunda carta considera a existência de uma bipolaridade de poderes; o mal, chamado de iníquo, emergiria dentro da Igreja. Ele seria o corpo formado por aqueles que, devendo zelar pelo cumprimento dos preceitos do cristianismo, não o fizeram. Somente com a segunda vinda de Cristo, a parusia, é que ocorreria a separação entre esses poderes. Ao longo da história, as interpretações dessa carta foram feitas, entre outros, por Ticônio, Santo Agostinho e pelo papa emérito Bento XVI.

Ticônio viveu na África, na segunda metade do século IV, sendo responsável pela escrita do Liber regularum, composto de sete regras que auxiliariam uma melhor compreensão das Sagradas Escrituras. Dentre essas orientações, destaca-se a segunda – De Domini corpore bipartito – e a sétima – De diabolo et eius corpore. Ticônio parte do entendimento de que a Igreja é o verdadeiro corpo de Deus, afirmando, portanto, a existência de um só corpo bipartido.

Mais tarde, os estudos de Ticônio possibilitaram as considerações de Santo Agostinho, reunidas na obra A cidade de Deus (426 d.C.). Nesse texto, Agostinho aprofunda a reflexão de Ticônio sobre um corpo constituído por dois lados, fazendo referência à existência de duas cidades: uma de Deus, da qual a Igreja faz parte, e outra dos homens, na época o Império Romano. Agostinho acreditava que o mal estaria dentro da própria Igreja, passando-se por Deus, o que poderia ser o chamado mistério da iniquidade. Somente quando esse mal se insurgisse dentro dela e tomasse corpo próprio ocorreria a parusia.

Outro que se dedicou aos estudos da referida carta paulina foi o cardeal Joseph Ratzinger, atual papa emérito Bento XVI. No ano de 1956, ele publicou, na Revue des Études Augustiniennes, o artigo intitulado “Considerações sobre o conceito de Igreja de Ticônio no Liber regularum”. O texto de Ratzinger foi baseado na segunda regra do Liber regularum. Sua conclusão foi que “o conteúdo essencial da doutrina do corpus bipartitum […] consiste na tese de que o corpo da Igreja tem dois lados ou aspectos: um ‘esquerdo’ e outro ‘direito’, um culpado e um bendito, que, contudo, constituem um único corpo” (RATZINGER apud AGAMBEN, 2015, p. 9).

Recorda Agamben que Bento XVI, em um discurso feito em 22 de abril de 2009, disse que a Igreja católica, por meio de sua pessoa, estava consciente do que Ticônio havia dito, já não ignorando esse fato, como havia feito até aquele momento; ou seja, o então papa reconheceu que, dentro da própria esfera da Igreja, poderia haver, sim, um “lado esquerdo” que provocaria a parusia.

Ao verificarmos que a palavra “religião” vem do latim religare – “religar” –, poderemos buscar o entendimento de que o verdadeiro sentido da segunda vinda de Cristo está além da extirpação do mal que emergirá da Igreja, mas é, antes, religar o ser humano a Deus.

2. Quando renunciar não é fraquejar?

Jesus Cristo, porque era forte, não fraquejou diante das tentações do maligno. Se pensarmos nas renúncias de Celestino V e Bento XVI por essa ótica, poderemos vê-las muito mais como uma resistência ao mundano do que como um ato covarde. Renunciaram para o bem, por bem; porque foram humildes o suficiente para reconhecerem que continuar à frente da Igreja é que seria fraquejar ante as tentações do mundo. O papa Celestino V, na obra ficcional de Ignazio Silone, renunciou por não conseguir mexer na engrenagem política que se instalou na Igreja do século XIII; será que esses foram os mesmos motivos pelos quais outro papa renunciou, oito séculos depois? Em O mistério do mal (2015), Agamben suscita essa dúvida, ao elencar indícios relativos às razões que possivelmente levaram Bento XVI a cometer o ato, visto como de exemplar coragem.

O então papa Bento XVI, vendo sua impotência diante dos escândalos que assombravam seu papado e evidenciavam ainda mais as fissuras no interior da Igreja católica, alegou uma fraqueza do corpo e renunciou. O conhecimento do cardeal Ratzinger das teorias de Ticônio e Agostinho é apontado por Agamben (2015) como um dos indícios envolvidos em sua renúncia. Outro indício seria a viagem a Áquila, feita por Bento XVI em 2009. Na ocasião, o papa visitou o túmulo de Celestino V e depositou ali o seu pálio papal. O que essa atitude significa? Coroar um papa que renunciou? O pálio simboliza a soberania do poder papal. Além de ver, como Agamben, o ato de Bento XVI de retirar o pálio papal do pescoço como uma premeditação de sua renúncia, podemos entendê-lo como a vontade daquele homem de destituir-se do poder a ele creditado, repassando sua responsabilidade a outro. Por fim, um terceiro indício deriva da análise, feita por Agamben, dos discursos de renúncia de Celestino V e Bento XVI, em que ambos justificam a fraqueza do corpo como um dos motivos da renúncia:

Eu, papa Celestino V, movido por causas legítimas, isto é, em razão de humildade, de uma vida melhor, e para manter íntegra minha consciência, devido à fraqueza do corpo […], por enfermidade da pessoa, e a fim de retomar a calma da minha antiga consolação; espontaneamente e livremente abandono o pontificado e renuncio (CELESTINO V apud AGAMBEN, 2015, p. 43).

Já no seu discurso, Bento XVI afirma:

Depois de ter repetidamente examinado a minha consciência diante de Deus, estou certo de que minhas forças, devido à idade avançada, não são mais aptas para exercer de maneira adequada o ministério petrino […]. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas transformações e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho é necessário também o vigor tanto do corpo como da alma, vigor que, nos últimos meses, em mim é diminuído em modo tal de dever reconhecer a minha incapacidade de administrar bem o ministério a mim confiado (BENTO XVI apud AGAMBEN, 2015, p. 47).

Então, nesse contexto, que significado assume a renúncia? Para alguns – como se supõe tenha sido a opinião de Dante –, a renúncia deve ser encarada como um ato de covardia. No entanto, as renúncias em questão podem ser entendidas não como uma atitude covarde, mas como um ato de coragem, segundo o entendimento de ambos os papas de que, no lugar em que estavam, nada poderiam fazer, mas talvez, ao se afastarem, seu exemplo poderia ser seguido e somente assim provocaria uma mudança concreta na instituição cristã. O afastar-se, no caso, não significa desistência, mas crença em que, dessa forma, seriam mais úteis. Silone, entre outros entendimentos, quis passar a mensagem de que a renúncia pode ser um gesto de amor extremo. Para Agamben, a renúncia é um ato de coragem, em face da situação degradante em que se encontrava a Igreja. Entretanto, esse ato chama a atenção para quão humana é a Igreja católica; uma humanidade que lhe permite, assim como às pessoas, ser pecadora, recuar e ter esperança.

3. Papa Francisco

Com a renúncia de Bento XVI, após breve conclave, o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio foi eleito papa, assumindo, significativamente, o nome de Francisco, com referência à figura de São Francisco, o “pobrezinho de Assis”, que, como se sabe, se despiu de todas as suas riquezas. A simplicidade no viver e nas ações nos remete à figura de Jesus. No entanto, o que chama a atenção, no século XXI, é a postura do atual papa de conclamar todos, principalmente os religiosos, a optar pela simplicidade, pilar cristão que foi deixado à margem com o passar dos tempos.

Em dezembro de 2014, o papa Francisco, em seu discurso de Natal aos cardeais e demais membros da Cúria Romana, utilizou metaforicamente a imagem do menino Jesus na manjedoura, conclamando-os a um retorno à vida humilde, evocada pela cena. Partindo do entendimento de que a Cúria de Roma é “como um pequeno modelo da Igreja, isto é, como um ‘corpo’” que “não pode viver sem se alimentar e tratar”, o pontífice acrescentou: “no entanto ela, como qualquer corpo, como todo corpo humano, está sujeita também às doenças, ao mau funcionamento, à enfermidade”. O papa apresentou 15 doenças que afetam esse corpo, como a doença do acumular e a doença do lucro mundano. Para Francisco, a doença do acumular manifesta-se “quando o apóstolo procura preencher um vazio existencial no seu coração acumulando bens materiais não por necessidade, mas apenas para se sentir seguro […]. A acumulação apenas torna pesado e retarda inexoravelmente o caminho!” (FRANCISCO, 2014a). A seu ver, o acumular “não por necessidade, mas apenas para se sentir seguro” evidencia o lado terreno da Igreja, que iniciou pobre, mas foi adquirindo bens que ultrapassaram o status de necessidade para se tornarem mero acúmulo. O poderio da Igreja, conquistado também pelo dinheiro, proporciona a ela certa segurança. Por isso, a dificuldade de atender ao pedido papal.

A outra doença que atinge a saúde do Corpo, apontada pelo papa como a doença do lucro mundano, ocorre “quando o apóstolo transforma o seu serviço em poder, e o seu poder em mercadoria para obter lucros mundanos ou mais poder. É a doença das pessoas que procuram insaciavelmente multiplicar seu poder” (FRANCISCO, 2014a).

Também aqui as atitudes da Igreja do tempo de Celestino V encontram correspondentes: o agir não por necessidade, mas pelo engrandecimento do poder – busca que, retomando a análise de Agamben, parece levar a um processo sem finalidade e, por isso, infinito, justamente por ter perdido os objetivos indicados por sua dimensão espiritual.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A literatura é terreno privilegiado para captar as tensões de uma época. A ficção, portanto, age como elemento que potencializa uma discussão profunda sobre o ser humano, a religião e a política, sobre o ser humano e o poder. Silone via na literatura uma forma de expressão, e nessa produção, sem dúvida, havia a esperança de que os grandes poderes, Igreja e Estado, pudessem compartilhar de um humanitarismo para proporcionar justiça social. É inegável que tanto Igreja quanto Estado devam existir para a construção da sociedade, cada um cumprindo seu papel.

A escrita de Ignazio Silone era uma forma de fazer as pessoas refletir sobre a vida humana. O escritor-intelectual cumpre seu papel de ser sensível ao mundo à sua volta e não deixar a realidade passar despercebida nem ser ignorada; ele potencializa na ficção essas fissuras, para que as denúncias ecoem, na esperança de que as pessoas atentem para a realidade, provocando nelas uma reação. Na literatura siloniana, a atitude de renunciar surge ligada a um sentimento de esperança. Esperança que Deus, segundo o papa Francisco, também tem na sua criação:

[…] o curso dos séculos tem sido marcado por violências, guerras, ódio, prepotência. Mas Deus, que havia posto suas expectativas no homem feito à sua imagem e semelhança, esperava. Deus esperava. O tempo de espera fez-se tão longo que a certo momento, quiçá, deveria renunciar; mas Ele não podia renunciar, não podia negar-se a si mesmo (cf. 2Tm 2,13). Por isso, continuou a esperar pacientemente em face à corrupção de homens e povos. A paciência de Deus… Como é difícil compreender isto: a paciência de Deus para conosco! (FRANCISCO, 2014b).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGAMBEN, Giorgio. O mistério do mal: Bento XVI e o fim dos tempos. Tradução de Silvana de Gaspari e Patrícia Peterle. São Paulo: Boitempo, 2015.

PAPA FRANCISCO. Discurso do papa Francisco no encontro com os cardeais e colaboradores da Cúria Romana para a troca de bons votos de Natal, 2014a. Disponível em: <http://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2014/december/documents/papa-francesco_20141222_curia-romana.html>. Acesso em: 29 out. 2020.

______. Homilia do papa Francisco na santa missa da noite de Natal, 2014b. Disponível em: <http://www.vatican.va/content/francesco/pt/homilies/2014/documents/papa-francesco_20141224_omelia-natale.html>. Acesso em: 29 out. 2020.

SILONE, Ignazio. L’avventura d’un povero cristiano. Milano: Oscar Mondadori, 2001.

Fernanda Moro Cechinel

é mestre e doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Literatura da Universidade Federal de Santa Catarina. Bolsista Capes DS. Agente de pastoral atuante na Paróquia Nossa Senhora das Necessidades, em Santo Antônio de Lisboa, Florianópolis-SC. Membro do Movimento de Emaús da arquidiocese de Florianópolis. E-mail: [email protected]