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Publicado em março – abril de 2018 - ano 59 - número 320

O Messias inaudito e a esperança messiânica do Filho de Davi no Evangelho de Marcos

Por Ir. Rita Maria Gomes, nj

Introdução

O Evangelho segundo Marcos começa com uma afirmação sobre o texto e sobre Jesus. Ali se diz “evangelho de Jesus, cristo, filho de Deus” (Mc 1,1). Aquele texto é um evangelho, uma boa notícia, e esta diz respeito a Jesus, que é chamado “cristo” e “filho de Deus”. Mas no evangelho se atribuem outras designações a Jesus, como “santo”, “filho de Davi” e “filho do homem”.

Aqui refletiremos um pouco sobre o lugar e a função de alguns desses atributos, conhecidos como “títulos cristológicos”, na apresentação de Jesus. Nosso objetivo é, basicamente, mostrar que o evangelista usa esses atributos a fim de revelar a pessoa de Jesus e sua missão e, ao mesmo tempo, formar os seus discípulos de todos os tempos.

A reflexão sobre os títulos nos ajudará, assim esperamos, a compreender a dinâmica da narrativa de Marcos, a qual nem sempre é bem compreendida por aqueles que o leem. O certo é que um livro só se conhece lendo, por isso nossa abordagem propõe oferecer uma chave de leitura desse texto.

  1. Os usos marcanos do atributo “filho de Deus”

O atributo “filho de Deus”, que aparece logo no início, na abertura (1,1), reaparece em Mc 3,11, 5,7 e 15,39. Encontramos ainda uma variação sua, na qual consta apenas o termo “filho”, em Mc 1,11 e Mc 9,7, nos episódios do batismo e da transfiguração, quando a voz vinda do céu, dirigindo-se a Jesus, o chama “filho meu”. Consideramos ambas as formas como o único atributo “filho de Deus” porque no fundo é essa a afirmação presente nos textos.

No entanto, há uma distinção entre os usos marcanos de “filho de Deus”, só perceptível após análise acurada da dinâmica mesma da narrativa. Marcos é uma narrativa multinível que comporta ao menos três níveis, dois dos quais internos ao relato e um externo. Os níveis internos correspondem aos eventos que se passam entre as personagens da narrativa, e o externo diz respeito à relação entre o autor/narrador e o leitor. Nos níveis internos, os eventos são narrados em âmbitos: transcendente e terreno.

Assim as ocorrências do atributo em 1,11, 3,11, 5,7 e 9,7 correspondem ao nível transcendente. A primeira e a última dessas ocorrências encontram-se nos textos do batismo e da transfiguração, que são claramente teofanias, e as outras duas ocorrências do termo estão em trechos classificados como exorcismos. Nestes últimos o atributo “filho de Deus” aparece na boca dos “espíritos impuros”, o que de algum modo faz que todas essas ocorrências se situem no âmbito transcendente. Nesses textos o “filho de Deus” tem sentido distinto, porque os personagens transcendentes já têm o conhecimento pleno da pessoa de Jesus.

Já as ocorrências de Mc 1,1 e 15,39 situam-se no âmbito do terreno e não têm exatamente o mesmo significado que nos textos anteriores. É o sentido próprio dessas narrativas que buscamos ressaltar e delinear ao considerar o uso do atributo “filho de Deus” dentro do todo da trama narrativa de Marcos por meio da relação estabelecida entre esses usos de “filho de Deus” e os outros atributos aplicados a Jesus na abertura e em suas retomadas.

Assim, os usos na abertura (1,1) e na sua retomada (15,39) se distinguem dos outros usos ao longo do evangelho. Esses dois atributos, “cristo” e “filho de Deus”, em Mc 1,1 são uma apresentação inicial do narrador ao leitor do evangelho, com quem estabelece uma relação especial (nível externo).

Ora, se, nos usos do âmbito transcendente, os personagens sabem exatamente quem é Jesus por sua condição transcendente, como vimos acima, o mesmo não ocorre com os personagens no âmbito terreno. Portanto, o centurião romano não tinha maior consciência de quem era Jesus do que Pedro, ao confessá-lo, ou do que o leitor, ao receber a informação inicial na abertura.

  1. Os atributos “cristo/messias” e “filho de Davi”

Na abertura, Marcos diz “início do evangelho de Jesus cristo”. O atributo de cristo ou messias é primeiramente uma abreviação da expressão “o ungido de Yhwh” (MOWINCKEL, 1975, p. 8), e o significado desse título vem, originalmente, da expectativa ou esperança de restauração de Israel que surge no profetismo pós-exílico e tem sua expressão na descendência de Davi (p. 21). Portanto, tanto o atributo “cristo” quanto o “filho de Davi” correspondem à expectativa messiânica real ou monárquica.

Em Israel, a figura do rei se molda com base em um amálgama da realeza cananeia e da organização tribal da qual Israel nasce como povo. Em Israel, o rei chama a si mesmo de “filho de Yhwh” (MOWINCKEL, 1975, p. 70), ou seja, filho de Deus. No entanto, ele se sabe “lugar-tenente” de Deus em sua função real, consciente de que, antes de tudo, deve ser responsável por exercer a justiça. Daí podemos inferir que Marcos compreende “filho de Deus” na mesma linha de “filho de Davi”. Assim, os atributos de cristo, filho de Deus e filho de Davi pertencem ao mesmo ambiente vital que é a realeza. O messias é “o que há de vir”, é o esperado, e o esperado é um “filho de Davi”, “filho de Deus”.

Ora, a perspectiva messiânica marcada pelo “filho de Davi” aparece em três momentos distintos em Marcos, nos quais o atributo consta três vezes em dois recortes diferentes. Analisaremos essas ocorrências porque são a base de sustentação de nossa intuição a respeito da compreensão marcana dos dois atributos messiânicos apresentados na abertura. Examinaremos mais detalhadamente ainda Mc 12,35-37, pois esse recorte traz claramente uma reflexão do autor sobre o “filho de Davi” e os ensinamentos dos escribas referentes a ele.

Em Mc 10,46-52 temos duas ocorrências do título, no vocativo. O cego Bartimeu dirige-se a Jesus nestes termos: “Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!” No capítulo seguinte, na entrada triunfante em Jerusalém, o título não aparece, mas Jesus é aclamado como o rei esperado (cf. Mc 11,1-10[11?]): “Bendito o que vem em nome do Senhor, bendito o reino que vem, o de nosso pai Davi”. E isso o relaciona manifestamente com a espera messiânica do filho de Davi.

Até esse momento, não aparece nenhuma avaliação, nem positiva nem negativa, desse atributo por parte do evangelista, nem como comentário do narrador nem na boca de Jesus. A avaliação vem apenas em Mc 12,35-37, no contexto das discussões com os diferentes grupos judaicos no templo. É sobre esse texto que nos debruçaremos com maior atenção.

Mc 12,35-37, uma controvérsia entre tantas de uma unidade de controvérsias situada no templo, está organizado de modo a ressaltar o que está no centro, como se vê abaixo:

A 35a E tendo tomado a palavra Jesus falava ensinando no templo

  B 35b como dizem os escribas que o Cristo é filho de Davi

         C 36a o próprio Davi disse no espírito santo

         D 36b disse o senhor ao meu senhor: senta-te à minha direita até que eu ponha os inimigos teus debaixo de teus pés.

         C’37a o próprio Davi chama-o senhor,

  B’ 37b e como dele é filho?

A’ 37c E a grande multidão o ouvia com prazer.

Observemos que o verbo “falava” (éleguen) no início (A) se relaciona com o verbo ouvia (ēkouen) do final (A’); Jesus “falava ensinando” e a multidão “ouvia-o com prazer”, ou seja, estão no mesmo campo semântico da comunicação. O termo “filho” (hyiós) e o verbo “é” (estín) formam um claro paralelo em B e B’, além do nome Davi, que se relaciona com o pronome pessoal genitivo “dele” (autou). E essa relação é marcada principalmente pela questão da possibilidade da filiação davídica do messias e indicada pelo advérbio interrogativo “como”. Os inícios dos versículos 36 e 37, respectivamente C e C’, são praticamente idênticos: autòs Dauid eipen e autòs Dauid léguei. A diferença encontra-se no verbo “dizer” (légo), que ocorre de modo diferente no v. 36 e no v. 37. Em nossas traduções, esse paralelismo desaparece, porque não é possível traduzir com o mesmo verbo. Eles começam exatamente da mesma forma, “o próprio Davi”, e depois se distinguem ao destacar o “Espírito Santo” pelo qual Davi fala e o nome “senhor”, pelo qual Davi se dirige ao messias. No centro (D) fica a citação do Sl 110,1. Em 36b temos a resposta dada pela Escritura para a questão da filiação davídica do Messias.

Portanto, o eixo central desse texto é a relação do Messias com a figura de Davi. Afinal, o messias é “filho de Davi” ou “senhor de Davi”? A apresentação desta relação aproxima-se muito de uma das regras que os antigos usavam para a interpretação de textos das Escrituras, segundo a qual se chega a um conhecimento maior de determinado evento ou personagem pela comparação, para assim verificar quem é maior (pesado) e quem é menor (leve). Ainda que não se possa provar que essa regra tenha sido usada aqui, o que se deduz do texto concorda com o esquema de interpretação dos antigos, pois mostra que aquele que é chamado Senhor é maior (mais pesado) que aquele que chama ou se refere a outro como “seu senhor”.

A forma do texto, como dissemos acima, é uma controvérsia que, em Marcos, é apresentada secundariamente num monólogo de Jesus. Mateus faz tal controvérsia aparecer em sua pureza, uma vez que insere a questão controvertida num diálogo entre Jesus e os fariseus. Se assim é, podemos intuir que o ambiente vital que dá origem a esse texto é a catequese, pois a preocupação é esclarecer um dado importante da identidade do messias.

Se a forma do texto é uma espécie de controvérsia e seu ambiente vital é a catequese, então sua intencionalidade se revela como uma correção da ideia, certamente corrente, da filiação davídica do messias. Isso significa que o autor marcano pretendia acentuar a superioridade do messias Jesus em relação à expectativa do messias real cristalizado na figura de Davi. O messias não descenderia necessariamente de Davi.

O texto por trás da citação marcana do Sl 110,1 é a versão da LXX, e a principal alteração de Marcos em relação à sua fonte veterotestamentária é a mudança do substantivo “escabelo” (hypopódion) pela preposição “debaixo” (hypokátō). Essa alteração se justifica pela intenção teológica do evangelista de relativizar o messianismo de tipo real, no qual a imagem do “escabelo para os pés” era clara demonstração da submissão dos reinos inimigos ao rei mais poderoso. Em Marcos, a submissão dos inimigos ao messias não se expressa primeiramente no quadro de uma monarquia, mas é muito mais ampla, uma vez que o inimigo é satã e seu reino, em antítese com o Senhor e seu reino (MALBON, 2009, p. 43-46).

Os textos veterotestamentários que fundamentam a expressão “filho de Davi”, ou melhor, a expectativa messiânica de um “filho de Davi”, são basicamente 2Sm 7,1-17 e 1Rs 11,36, nos quais encontramos a promessa de uma linhagem davídica.

Em 2Sm 7,1-17 temos a promessa de que Deus mesmo vai construir uma casa para Davi. A casa é claramente a descendência. Já em 1Rs 11,36, essa promessa é novamente afirmada por meio da imagem da lâmpada, também falando da descendência de Davi sobre o trono. Nesses dois textos se enraíza a promessa messiânica real de um “filho de Davi”. Essa promessa é igualmente retomada nos Salmos 89,30-38 e 132,11-12, reafirmando a perenidade da descendência davídica no trono. Assim se consolida a esperança messiânica davídica.

É essa esperança messiânica que o texto marcano relativiza ao retomar o Sl 110,1, no qual Davi, falando no Espírito Santo, chama o messias de Senhor. A visão cristológica mostra claramente a superioridade do messias inaudito ao questionar sua filiação davídica. O título κύριος o coloca numa superioridade indiscutível em relação a Davi.

  1. O processo de revelação de Jesus messias inaudito e a ressignificação dos atributos messiânicos

É conhecida a organização ou divisão do Evangelho segundo Marcos com base nos chamados “títulos cristológicos” dados a Jesus. A já clássica divisão de Marcos tem seu fundamento em Mc 1,1: “Início do evangelho de Jesus cristo, filho de Deus”. Os dois atributos aplicados a Jesus são retomados posteriormente: o de cristo/messias é retomado em Mc 8,27 e o de filho de Deus em Mc 15,39. Olhando assim, esse grande arco não só parece evidente, mas também inquestionável. A questão que levantamos é: com essa organização se resolve tudo? Ela deixa clara, sem sombra de dúvida, a afirmação por excelência de Marcos a respeito de Jesus? Afinal, as confissões de Pedro e do centurião romano são o objetivo da obra ou os primeiros passos no reconhecimento da messianidade de Jesus e de adesão ao seu messianismo? Como Marcos compreende esses atributos cristológicos?

Consideramos que tal divisão não ajuda muito a perceber a grande afirmação marcana da messianidade inaudita de Jesus. Para Marcos, Jesus é messias, filho do homem-servo padecente. Com o clássico arco divisório baseado nos atributos “cristo” e “filho de Deus”, a revelação messiânica de Jesus se obscurece. No entanto, se partimos de seus deslocamentos e ensinamentos, por palavras e ações, aos discípulos e às multidões, o messias inaudito surge com toda sua força.

Assim, defendemos uma organização do evangelho fundamentada nas indicações geográfico-teológicas do “mar da Galileia” (1,16–8,21), do caminho (8,22–10,52) e de Jerusalém (11,1–15,21). Essa organização permite que a mensagem vivaz de Marcos venha à plena luz, pois o Evangelho segundo Marcos não tem uma narrativa linear, mas em forma de espiral, e é nessa dinâmica narrativa que a pergunta “quem é este?” recebe respostas. Entretanto, estas respostas não são dadas pela via direta, e sim indireta, ou seja: é dizendo quem não é o messias que ele revela o messias inaudito. Marcos mostra-se como caminho de aprendizado de quem é o messias e de como ser discípulo desse messias inaudito.

A primeira coisa que Jesus faz, em Marcos, é chamar os primeiros discípulos, e estes o acompanham todo o tempo. É no convívio diário com o mestre que o seguidor se faz discípulo, mas isso se dá ao longo de uma caminhada, tanto que é na seção do “caminho” que se dá a crise do discipulado. No primeiro grande momento, na seção do “mar da Galileia”, os discípulos escutam Jesus e se maravilham com sua autoridade ao ensinar, expulsar demônios e curar muitos e também por seu poder e autoridade ante as forças da natureza. Eles são enviados em missão com a mesma autoridade do mestre, tudo parece correr bem.

No entanto, na seção central (caminho), após a confissão de Pedro (“tu és o cristo/messias”), a harmonia entre os discípulos e o mestre parece desandar, pois a confissão de Pedro desencadeia o primeiro de três anúncios da paixão. A partir daí, os discípulos não compreendem mais nada. Ora, confessar Jesus “cristo” era pensá-lo como o enviado monárquico que traria a vitória sobre os inimigos políticos de Israel – como ele poderia morrer? É essa a reação imediata de Pedro, e também de seus companheiros. A compreensão dos discípulos até aquele momento era a esperança messiânica real, monárquica.

Por isso, em Mc 9,9-10, ao descerem da montanha após a teofania da transfiguração, quando Jesus lhes ordena não contar nada a ninguém até que o filho do homem tenha ressuscitado dos mortos, eles ficam pensando e discutindo entre si o que significaria esse “ressuscitar do mortos”. O evangelista insere aqui a chave de compreensão do messianismo inaudito de Jesus e da condição de verdadeiro discípulo desse messias. É necessário viver a experiência da morte e da ressurreição para terminar o processo de aprendizado, para ser definitivamente discípulo.

O inaudito da messianidade de Jesus é a cruz, e o sentido da cruz só se dá na ressurreição. Por isso, aos três anúncios da paixão estão inseparavelmente unidos os anúncios da ressurreição.

Assim, a confissão do centurião romano deve ser compreendida na mesma dinâmica da confissão de Pedro, ou seja, como um primeiro passo no reconhecimento de Jesus messias, filho do homem-servo padecente, e não “filho de Deus”, conforme a visão terrena do monarca descendente de Davi.

Se Jesus, no primeiro momento do evangelho, se dirige primeiramente aos judeus e aos poucos vai alargando sua atuação junto aos gentios, a mesma dinâmica se verifica na atuação dos discípulos. Os primeiros discípulos de Jesus são judeus e têm na confissão de Pedro sua representação; os discípulos gentios que virão são representados antecipadamente na confissão do centurião romano. Portanto, a confissão do centurião não é o termo da afirmação marcana de quem é Jesus, mas o passo necessário do discípulo que entra no caminho do mestre Jesus. Como a confissão de Pedro é abertura para o que vem depois, assim a confissão do centurião abre caminho para os discípulos que se seguirão.

Conclusão

Marcos compreende a confissão de fé do centurião romano na mesma linha da confissão de Pedro, como um primeiro passo na percepção de quem é o messias, cuja continuidade, consequentemente, é a desconstrução da ideia de vitória e de restauração, passando não só pela experiência da cruz, mas também pela experiência da ressurreição.

O leitor, a quem é dada a informação de que Jesus é cristo e filho de Deus logo no início, pode pensar que é privilegiado em relação aos personagens internos à narrativa, mas, ao final das contas, não está numa situação tão melhor que os outros. Ele ignora a intenção do evangelista de ressignificar mesmo os atributos que apresenta inicialmente. Em Marcos praticamente tudo ganha novo sentido diante da pessoa de Jesus, e o evangelista não pretende dizer que alguém está errado ou equivocado, mas prefere demonstrá-lo pela visão e audição do mestre Jesus. Ele deixa que o próprio Jesus se revele em todas as suas nuances e com isso desconstrua nossas falsas ideias e expectativas. Todos os que quiserem saber “quem é este?” devem, necessariamente, acompanhar Jesus para saber quem ele é de verdade, sem confusões ou distorções. Caminhemos, portanto, com o cristo Jesus.

Bibliografia

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Ir. Rita Maria Gomes, nj

Ir. Rita Maria Gomes, nj, é natural do Ceará, onde fez seus estudos em filosofia no Instituto Teológico e Pastoral do Ceará (Itep), atual Faculdade Católica de Fortaleza. Possui graduação, mestrado e doutorado em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje), onde leciona Sagrada Escritura. É membro do Instituto Religioso Nova Jerusalém, que tem como carisma o estudo e o ensino da Sagrada Escritura. E-mail: [email protected]